quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Estou num hiato de criação, mal tenho idéias, e quando as tenho não consigo passar no papel.Felizmente existe milhares de blogs, com milhares de pessoas inspiradas escrevendo coisas bacana.Acabei de ler esse texto, espero que gostem tanto quanto eu gostei.

Me arrasa essa sensação insistente de que escolher não me machucar implica em escolher não amar – logo agora que o amor, vez ou outra, quase sem querer, me acena como uma real possibilidade.

Ainda me lembro bem de quando eu fantasiava tudo. Fechava os olhos, projetava e meu coracão acelerava numa festa sem hora para terminar. Hoje, eu analiso tudo e me privo da delicadeza de momentos pelos quais esperei por tanto tempo. Sinto-me como a perfeita anfitriã que organiza tudo impecavelmente mas não consegue aproveitar a própria festa.

Não sei se é possível perceber o que se passa comigo: pela primeira vez nos meus 32 anos, amar não me enche de energia. O amor não irrompe em gestos tresloucados de paixão. Questiono-me se posso ainda chamar o que sinto, amor. Ou se por anos batizei meu sentimento com um nome errado. (Terei eu exaurido irremediavelmente meu repertório de quimeras?)

Eu mudei e não sei dizer se isso é bom ou ruim.

Não me reconheço em mim; nessa visão cartesiana de tudo, nessa guarda levantada, no meu pé de apoio fincado no chão. Em que momento amar se tornou essa preparação pra batalha? Quando, eu que sempre fui muralha, comecei a me defender de tudo, assim, tão assutada?

E onde estão todas as mãos que já segurei na escuridão, nessas horas insones em que desabo em lágrimas, completamente cegada pelo medo?

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