terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Escolha o título!






Aquele gosto amargo ainda não desceu pela garganta, nem a dúvida do consciente, diante de sua ausência mais devastadora.
Mais que sua ausência, sinto saudade dos risos que não demos, das mãos dadas em dia de sol no parque, o ombro jeitoso recebendo minha cabeça cheia de problemas e aliviando um a um.
Foi-se embora sem dizer adeus, seus olhos que brilhavam em minha direção, os beijos latejantes e suculentos, de bocas que se encaixam e se desejam.
Deixou-me de coração vazio de todo o amor que se poderia dar, deixou o eco dos sonhos que poderiam se realizar, levou uma vida desenhada em rascunho.
Ficou no lugar o medo do coração covarde, aquele que se esconderá, aquele que anda em sombras, gelado e descrente.
Num dia de lua fria, em meio aos calafrios, insistentes perguntas sem respostas, sentindo cada peça quebrada, insegurança e culpa de ser quem se é, só me resta aconchegar-me em mim mesma, fechar os olhos e ir.
De repente chorar ficou tão fácil, “ tristeza, por favor, vá embora”, já clamava o sambista.
O que pode salvar um coração petrificado?
O calor de uma amizade, a força de uma prece, a lembrança secreta de que amanhã, ah o amanhã, será mais do que hoje, mais feliz, ideias em ordem, e vida na devida ordem.

Parlapatéia inspirada em alguem que foi embora...será?

A Mentira








A Mentira

Então desde que a verdade se tornou desinteressante a mentira ocupou seu lugar, meio sem jeito entrou no comportamento, sendo de pronto reprimida, diminuída, oprimida por quem educa, pelo convívio, e com o tempo se tornou camuflada, quase esquecida, mas nunca perdida, como uma lagarta esperando o momento certo pra mostras suas asas em uma linda borboleta.
Seria ela tão maldosa e tão desnecessária? Ou apenas uma arma que deve ser usada com cuidado como a bomba H, e o botão vermelho seria utilizado com cuidado, mas por quem?
O quão cuidadosamente a mentira pode ser trata e por quem? Por quem a diz, ou por quem recebe?
Mesmo porque a mentira prescinde uma relação, alguém que precisa dela e outro que precisa ouvi-la.
Se despindo de falsas regras, bem como qualquer regra moralista, pra não dizermos dos X Mandamentos e dos seus educados sinônimos, mentimos?
A mentira nos torna maus?
E os planos articulados sabiamente pelo personagem Cebolinha da Turma da Mônica, enquanto planeja seus “planos infalíveis” pra capturar o coelho azul de pelúcia? Desde a idade da inocência ela esteve lá, nos ajudando a escapar ou simplesmente adiando o inevitável.
Seja como for, odiada, aplaudida, ignorada ou meio de sobrevivência, ela está lá, bem no centro da relação humana, tão incrustado em nós que se tornou  um órgão ou mecanismo mental necessário.

Parlapateia mentirosa


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

GOSTAR DE TRANSAR NÃO DEFINE CARÁTER, POUCO IMPORTA A QUANTIDADE DE PARCEIROS, AGORA O QUE É ESTRANHO, E A PESSOA QUE PINTA E BORDA POR AÍ, CRITICAR OUTRAS QUE TAMBÉM PINTAM E BORDAM, ISSO SIM DENOTA NO MINIMO UMA FALHA DE CARÁTER.