segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Meu caminho torto







Meu caminho torto!



Venho com pernas tortas, num andar desequilibrado, que apruma quando une-se ao álcool que pra alguns embriaga, pra outros liberta e para os que não bebem com freqüência vicia.
Vem sempre de braços aberto pra um papo esperto, persegue a gloria dos dias felizes, e se não vieram, pode encontrá-lo entra as pernas de Glória.
Pescoço longo a buscar sorriso, a guiar olhar que se esquiva para o lado, escondendo a vergonha ou poupando o mundo de sua safadeza.
Dono de proezas heróicas, certo dia salvou um cego, outro, uma velha cheia de sacolas e ainda acha que pode comandar uma nação cuidadosamente torta, cujo tamanho não ultrapasse três maçãs.
O caminho certo faz as pessoas se entortarem, tamanha vontade de ser certo pra tanta gente, por que ser certo pra si só pode ser o torto de todo o resto.
Sonhos não cabem na prancheta, não se mede numa régua, nem toma o tempo de um relógio, que hora é verão outra não.
O caminho torto vem com curvas, ladeiras de arrepiar a barriga, e tuneis imensos que terminam com a luz, ufa, só quem a viu sabe como é bom ser iluminado por ela.
Uma luz Senhor, uma luz, por favor!!!
Nem que seja da lua, nem que arda com o Sol.
Vou nessa, meu caminho torto me espera e preciso ser menos gente e mais atleta.


Parlapateia a bela que mais erra.

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