terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Mentira








A Mentira

Então desde que a verdade se tornou desinteressante a mentira ocupou seu lugar, meio sem jeito entrou no comportamento, sendo de pronto reprimida, diminuída, oprimida por quem educa, pelo convívio, e com o tempo se tornou camuflada, quase esquecida, mas nunca perdida, como uma lagarta esperando o momento certo pra mostras suas asas em uma linda borboleta.
Seria ela tão maldosa e tão desnecessária? Ou apenas uma arma que deve ser usada com cuidado como a bomba H, e o botão vermelho seria utilizado com cuidado, mas por quem?
O quão cuidadosamente a mentira pode ser trata e por quem? Por quem a diz, ou por quem recebe?
Mesmo porque a mentira prescinde uma relação, alguém que precisa dela e outro que precisa ouvi-la.
Se despindo de falsas regras, bem como qualquer regra moralista, pra não dizermos dos X Mandamentos e dos seus educados sinônimos, mentimos?
A mentira nos torna maus?
E os planos articulados sabiamente pelo personagem Cebolinha da Turma da Mônica, enquanto planeja seus “planos infalíveis” pra capturar o coelho azul de pelúcia? Desde a idade da inocência ela esteve lá, nos ajudando a escapar ou simplesmente adiando o inevitável.
Seja como for, odiada, aplaudida, ignorada ou meio de sobrevivência, ela está lá, bem no centro da relação humana, tão incrustado em nós que se tornou  um órgão ou mecanismo mental necessário.

Parlapateia mentirosa


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