A Mentira
Então desde que a verdade se tornou desinteressante a
mentira ocupou seu lugar, meio sem jeito entrou no comportamento, sendo de
pronto reprimida, diminuída, oprimida por quem educa, pelo convívio, e com o
tempo se tornou camuflada, quase esquecida, mas nunca perdida, como uma lagarta
esperando o momento certo pra mostras suas asas em uma linda borboleta.
Seria ela tão maldosa e tão desnecessária? Ou apenas uma
arma que deve ser usada com cuidado como a bomba H, e o botão vermelho seria
utilizado com cuidado, mas por quem?
O quão cuidadosamente a mentira pode ser trata e por quem?
Por quem a diz, ou por quem recebe?
Mesmo porque a mentira prescinde uma relação, alguém que
precisa dela e outro que precisa ouvi-la.
Se despindo de falsas regras, bem como qualquer regra
moralista, pra não dizermos dos X Mandamentos e dos seus educados sinônimos,
mentimos?
A mentira nos torna maus?
E os planos articulados sabiamente pelo personagem Cebolinha
da Turma da Mônica, enquanto planeja seus “planos infalíveis” pra capturar o
coelho azul de pelúcia? Desde a idade da inocência ela esteve lá, nos ajudando
a escapar ou simplesmente adiando o inevitável.
Seja como for, odiada, aplaudida, ignorada ou meio de
sobrevivência, ela está lá, bem no centro da relação humana, tão incrustado em
nós que se tornou um órgão ou mecanismo
mental necessário.
Parlapateia mentirosa
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