segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ser feliz!

Há algum tempo decidi ser feliz em diversos setores da vida, justamente não me enfronhando em detalhes, " conhecimentos" e coisas do gênero. Sou infeliz nos campos que "conheço" e feliz nos que "desconheço", e felicidade/infelicidade oscilam proporcionalmente a conhecimento/desconhecimento.
De religião, por exemplo, sei bastante. E não acredito em quase nada. No amor noves fora as mancadas que sempre dou, a coisa é mais ou menos assim: não consigo ser feliz por fatores extremamente objetivos e todos eles atrelados ao meu "conhecimento da causa".
(ah! que lindo! você conhece tudo do amor? claro que não! quando falo "conhecer", não me refiro à parte abstrata/teórica, mas sim ao comportamento das pessoas que, tristemente, é sempre muito muito muito previsível)
Embora muitas vezes meu humor seja embasado em premissas de conhecimento - tratando adversários como idiotas -, a grande verdade é que sou um profundo ignorante num sem-número de temas (e, justamente nesses, sinto-me mais feliz).
O tal do "créu" "sertanejo universitário", " psy" é bem isso. Todo mundo fala, a grande maioria diz que é uma merda, e eu simplesmente não sei o que é. Acho - acho! - que são músicas, mas por dedução lógica.
Uma outra sorte que sempre tive foi nunca ter lido - pelo menos, não mais de três páginas - livros da modinha, não posso negar que tive sorte, muitas indicações da melhor qualidade. Isso seguramente me ajudou a não ter tanto ódio da literatura. Digo o mesmo quanto aos livros desses, hum..., "novos escritores" ou "representantes da nova literatura brasileira", que são dois eufemismos para "gente chatinha e metida, aquele povinho cult......
De um lado, não sei que apito toca o tal do Armandinho; de outro, não tenho a menor idéia de quais sejam, hoje, os grandes expoentes do cinema francês. Dessas bobagens mais supérfluas não me livro por militância, mas por falta de tempo; e das afetações culturais me afasto deliberadamente.
Sigo feliz, assim, com minha ignorância.
Claro que às vezes isso é ruim,mas é o preço que se paga e, no fim das contas, sai até barato. Experimentem a sensação de liberdade dessas "ignorâncias" e depois me digam.
Sintam o prazer inenarrável de não ter a menor idéia do que seja o "créu", sem que seja resultado de empáfia ou arrogância, mas única e exclusivamente porque REALMENTE NÃO SABE o que é isso.
No mais, como também já disse, não se deixem levar por modismos culturais. Fujam das "vanguardas de retaguarda", e de coisas que as valham.

Um comentário:

  1. acho que quem escuta um tipo de música como o tal creu é um infeliz de gosto musical incrivelmente ruim
    parlapatão 2

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