segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Diário


Diário do amanhã!



Então, querido diário, como diariamente escrevo e me submeto ao ontem, ou pouco antes,
em linhas escritas em palavra benditas.
Em linhas que seguem, correm e se perdem de vergonha, compaixão e esperança.
E assim se escreve a vida,
Perdida,
Procurada,
Conquistada,
Incrivelmente odiada,
E impossivelmente teimosa!
E ela teima com o hoje, porque não suporta esperar o Sol de amanhã pra tudo aquilo que seu peito alimenta há anos.
Não há remédio que detenha a enxurrada de vontade.
Á procura da explicação que o ontem não deu, da afirmação que o hoje não possui, e a garantia que amanhã não trará.
E a vontade é ter no corpo um macacão de epiderme com zíper ou velcro, nada difícil de retirar, e assim desatar a alma.
A alma e o coração que treme e impulsiona cada órgão,
no vai e vem do sangue,
que segura a alma e acalma a vida,
no diário que diariamente se perde da linha.

Parlapatéia! Aquela, que nela nenhuma letra repousa...

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